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Foto do escritorRev. Luiz Henrique

A Excelência do Evangelho

>>>> Romanos 1.16-17. <<<<INTRODUÇÃO Falar do evangelho nos dias de hoje tem se tornado algo comum, embora haja tantos evangelhos. Evangelhos que tem se adaptado às gerações do “eu posso”, “eu quero”, “eu determino”, “eu mereço”. Um evangelho que tem trazido vergonha para aqueles que creem no Evangelho da cruz. Evangelho que tem o homem no centro tomando as decisões é um evangelho diferente do qual nos foi anunciado pelos profetas do passado. Temos nas Sagradas Escrituras uma mensagem completamente diferente do que ouvimos nos dias de hoje com relação ao Evangelho de Cristo Jesus. A Palavra de Deus nos aponta, deste o Antigo Testamento até ao Novo Testamento, um Evangelho pleno e Cristocêntrico. Esse Evangelho possui a excelência da “Boa notícia” de salvação ao homem. Esse Evangelho é o próprio Cristo que haveria de vir e que muitos esperavam, mas poucos O receberam. Jesus é o Evangelho pleno de Deus. A boa notícia de Deus aos homens é o Seu Evangelho, o próprio Jesus Cristo. Esse é o evangelho que o apóstolo Paulo menciona nesta carta aos romanos e diz que desse Evangelho ele não se envergonha, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Os textos que lemos tem a mensagem central de toda a carta aos romanos. Paulo ao escrever essa carta aos cristãos em Roma ele apresenta a causa do evangelho de forma clara e sem rodeios. O apóstolo havia ouvido falar da Igreja em Roma, mas nunca havia estado lá, assim como nenhum outro apóstolo. Essa congregação foi fundada por judeus que se converteram no dia de Pentecostes, registrado no livro de Atos dos Apóstolos cap. 2. Mesmo ainda não ter os conhecido pessoalmente, o apóstolo Paulo sentia amor pelos cristãos em Roma, por isso lhes enviou uma carta para apresentar-se e dar a sua declaração de fé com relação à importância do evangelho e seu compromisso de divulga-lo. Nesse desejo ardente de visitar os cristãos em Roma, Paulo lhes apresenta a sua postura como ministro do Evangelho e a fonte desse evangelho do qual ele declara não se envergonhar. Iremos analisar nas palavras do apóstolo Paulo as riquezas insondáveis do Evangelho de Cristo Jesus, que é a centralidade do cristianismo e está bem definida e defendida nesta carta aos romanos. Vejamos os pontos principais e importantes destes versículos para nosso aprendizado e crescimento como bons despenseiros do evangelho de Cristo Jesus. I. O SENTIMENTO DE PAULO PELO EVANGELHO Este versículo tem em suas palavras iniciais uma riqueza de informações com relação ao sentimento do apóstolo Paulo quando se trata do Evangelho. É fato podermos identificar de imediato que ele não está tratando de qualquer outro que não seja o Evangelho de Cristo, pois ele diz que esse Evangelho “é o poder de Deus”. Por se tratar do evangelho, que é o poder de Deus para a salvação, podemos então encontrar o motivo pelo qual o sentimento de Paulo não é de vergonha e sim de satisfação, gozo, alegria e prazer. Paulo está escrevendo aos cristãos de Roma expondo o seu desejo de ir visita-los e também anunciar esse evangelho que é o poder de Deus para a salvação, do qual ele não se envergonha. Talvez nos perguntemos qual seja a razão do apóstolo Paulo inserir em sua carta esse sentimento com relação ao evangelho, uma vez que os cristãos de Roma também eram conhecedores deste evangelho e participante das riquezas insondáveis que essa boa noticia do evangelho trazia aos que creem. E podemos destacar pelo menos quatro motivos que levaram o apóstolo Paulo a deixar claro que esse evangelho, para ele, não era motivo de vergonha.

  1. O evangelho que Paulo pregava, era um evangelho provindo de um simples carpinteiro judeu, pobre, e que foi crucificado. Roma era uma cidade de grandes filósofos, imperadores e também de muitos deuses. Os romanos não cultivavam qualquer admiração pelos judeus. A crucificação era a forma mais vergonhosa de punição, usada para os criminosos mais perversos e merecedores de escárnio e morte. Neste momento Paulo está reforçando a fé dos cristãos que ali estão. Em outras palavras, o que ele diz é: que, embora o evangelho pelo qual ele se doa ao ponto de não se envergonhar, é um evangelho de um simples judeu, Ele é o Rei sobre todo rei; O Deus verdadeiro, e não uma estátua que não fala, não ouve e não vê; é um evangelho que fala daquele que tomou sobre si as nossas dores e enfermidades, foi moído pelas nossas iniquidades, o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e sobre as suas pisaduras fomos sarados .

  2. O evangelho que Paulo pregava era centralizado na cruz de Cristo e isto era visto com desdém tanto pelos judeus como pelos gentios. Para os gregos a cruz era loucura e para os judeus, escândalo <1co 1.23 mas nós pregamos a cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios>1co 1.23 mas nós pregamos a cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios>. Esse evangelho não deixava dúvidas para Paulo, pois ele mesmo escreve a igreja de Corinto que “... aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação” <1co 1.21>.

  3. O evangelho que Paulo pregava era provindo de muitas dificuldades e tribulações que, fortaleceram ainda mais a sua fé. Por causa do evangelho Paulo já havia sido perseguido em Damasco, rejeitado em Jerusalém, apedrejado em Listra, açoitado em Filipos, enxotado de Tessalônica e Bereia, chamado de tagarela em Atenas e tachado de impostor em Corinto. Esse evangelho pelo qual o apóstolo Paulo não se envergonha, trouxe pra ele grandes perseguições e tribulações e ao mesmo tempo o trouxeram para mais perto do Salvador. Esse evangelho lhe trouxe uma força no qual ele mesmo não encontraria em outro senão em Jesus, pois ele diz “... por amor de Cristo, quando sou fraco, então, é que sou forte” <2co 12.10>.

  4. O evangelho que Paulo pregava era provindo de Deus. A mensagem do evangelho que o apóstolo Paulo não se envergonha não é uma palavra de César ou de qualquer outro importante governante, mas é uma mensagem do Filho de Deus. O reverendo Hernandes Dias Lopes diz em seu livro de comentário expositivo da carta aos romanos que:

“O Evangelho não emana da terra, mas do céu; não procede de homens, mas de Deus; não é fruto da imaginação humana, mas da revelação divina”. Paulo não se envergonha desse evangelho, que é o poder de Deus para a salvação. Esse sentimento que envolve sua vida se entrelaça com todas as emoções e experiências já vividas pelo apóstolo, que o coloca numa posição de satisfação plena e singular de prazer em ser um arauto do evangelho de Jesus Cristo, e este crucificado. II. O PODER DO EVANGELHO E SEU EFEITO Paulo diz que esse evangelho não é uma simples mensagem como os mensageiros de César transmitiam ao povo, mas que esse evangelho é o poder de Deus para a salvação. A Grécia tinha a filosofia, mas Roma tinha poder. O apóstolo Paulo escrever aos cristãos romanos que o Evangelho, do qual ele foi alcançado, é o poder de Deus. Toda mensagem do evangelho que Paulo pregava transmitia a autoridade e majestade de Deus, e esse evangelho é o Seu Filho amado, a quem Deus tinha prazer. Esse evangelho é tão poderoso que foi capaz de transformar a vida daquele que outrora era o perseguidor dos que professavam sua fé neste evangelho, e agora, ele também era um dos que acreditavam no poder desse evangelho. De perseguidor para defensor do evangelho. O poder desse evangelho não provém daquele que o transmite, nem mesmo da noticia que é anunciada, mas é poderoso porque vem de Deus. É o poder de Deus que faz com que esse evangelho seja poderoso e eficaz. Esse evangelho tem todo poder porque é de Deus e poderoso em seus efeitos para a salvação daquele que crer. Aqui está a centralidade da mensagem do evangelho que Paulo está pronto a falar aos romanos, no qual ele não se envergonha.
  1. Esse evangelho é de Deus. A centralidade desse evangelho não é o homem, é unicamente de Deus. Deus é a fonte dessa boa noticia.

  2. Esse evangelho é para a salvação. O efeito desse evangelho na vida do homem é de salvação. A boa noticia desse evangelho para o homem é que, há uma esperança de salvação para aqueles que estão perdidos. A mensagem do evangelho tem como efeito principal, levar a boa noticia de salvação ao mundo. Só há um meio de salvação para aqueles que estão separados de Deus por causa do pecado, e esse meio é a boa noticia de Deus ao homem – Deus amou o mundo de tal maneira . Jesus nos diz que Ele é o caminho a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim . Só há uma forma de se alcançar a salvação de nossas vidas, é ouvindo o evangelho pleno de Jesus Cristo, e crendo, confessando-O como nosso Senhor e Salvador de nossas vidas. III. O ALCANCE DO EVANGELHO Paulo ao escrever aos cristãos em romanos, ele diz que esse evangelho não só é poderoso (porque vem de Deus) como também traz resultado de salvação para todo aquele que crê. É fundamental para o homem saber que esse evangelho não é para todos. Esse evangelho não esta numa vitrine de loja sendo oferecido a todos que se interessarem e puderem comprar. A salvação é um dos temas centrais desta epistola e é a grande necessidade da raça humana. Paulo sempre tratou da condição do homem sem Deus em suas cartas às igrejas. O homem sem Deus ele está morto em seus delitos e pecados . Ele está separado de Deus . Esse evangelho tem alcance somente por aqueles que creem no Filho de Deus como, antes de tudo, seu Senhor, e depois, salvador de sua vida. Em Jo 3.16 diz que “Deus amou o mundo de tal maneira que “deu” seu Filho unigénito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O alcance desse evangelho não é para todos. Só os que creem que Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, são salvos da ira de Deus e tem a vida eterna. Em Jo 3.36 nos diz que “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre Ele permanece a ira de Deus”. Paulo diz que não só os judeus foram eleitos por Deus para a salvação. Ele diz que primeiro do judeu e também do grego. Primeiro os judeus porque Ele veio para os que eram seus, mas o seus não o receberam. Também do grego porque Paulo diz que foi vocacionado pelo próprio Deus para anunciar as riquezas insondáveis do evangelho de Cristo, também aos gentios, que são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do Evangelho .

“A única maneira de homens e mulheres serem salvos é pela fé em Jesus Cristo, conforme é proclamado no evangelho”. IV. A JUSTIÇA DE DEUS É REVELADA NO EVANGELHO Neste versículo o apóstolo Paulo anuncia o tema central desta carta: “a justiça de Deus”. A justiça de Deus é revelada no evangelho, pois, pela morte de Cristo, Deus revelou a sua justiça ao punir o pecado e, na ressurreição de Cristo, revelou sua justiça ao oferecer salvação ao pecador que se arrepender e crer. Como pode um Deus santo perdoar pecadores e, ainda assim permanecer santo? A resposta está na morte de Jesus Cristo. Deus pode ser justo e o justificador daqueles que estão sob a sua ira e condenação. O evangelho é o poder de Deus para a salvação daquele que crê como também, é a revelação de que existe um Deus que é santo diante de um homem manchado e contaminado pelo pecado. Esse Deus santo decide punir esse homem, que agora esta diante do tribunal d’Ele, e nesse julgamento a justiça de Deus é revelada. Essa justiça revela não apenas a ira de Deus, mas também o justo Deus. Esse Deus prova o seu amor para conosco quando por meio de seu único Filho é punido em nosso lugar. Cristo Jesus é morto por nossas iniquidades, e esse castigo que estava sobre ele nos trouxe a paz que excede todo entendimento. Paulo faz menção à citação de Habacuque 2.4 que diz que “o justo viverá por fé”. Esse homem citado como justo só é justo porque sua fé está no justificador. O profeta Habacuque tinha se colocado tinha se colocado na torre de vigia enquanto esperava algumas descobertas extraordinárias . A descoberta foi a certeza do aparecimento do Messias prometido na plenitude dos tempos, muito embora parecendo demorar. Enquanto esse tempo se aproxima, como também quando chegou, “o justo viverá por fé”. Ele ainda diz que não só de fé, mas “de fé em fé”. Aqui ele está falando daqueles que existiram no Antigo Testamento e que aguardavam, em fé, pela vinda do Messias; como também está falando daqueles do Novo Testamento que tendo o Messias tem a fé em um Cristo que já veio e voltará. CONCLUSÃO A justiça de Deus recebida pela fé permite que vivamos corretamente. Essa mensagem, os cristãos de Roma necessitavam ouvir naqueles dias difíceis, e que nós precisamos ouvir continuamente em nossos dias. A fé não é a causa da justificação, mas o instrumento no qual nos apropriamos da justificação. Somos justificados pela fé, devemos viver de acordo com a mesma fé no presente. Essa é a excelência do evangelho.
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