Marcos 16:1-8 .1 Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo. 2 E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo. 3 Diziam umas às outras: Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo? 4 E, olhando, viram que a pedra já estava removida; pois era muito grande. 5 Entrando no túmulo, viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco, e ficaram surpreendidas e atemorizadas. 6 Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto. 7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; lá o vereis, como ele vos disse. 8 E, saindo elas, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e de assombro; e, de medo, nada disseram a ninguém.
O Evangelho, de fato, é a “Boa Notícia” ao pecador – Jesus Cristo ressuscitou. Sem a ressurreição, o evangelho terminaria como “Má Notícia”. Após a morte de Jesus, os discípulos estavam abatidos e angustiados; esconderam-se, apavorados com a possibilidade de serem também presos e executados. Para eles, a morte de Cristo fora a derrota final, o fim de suas esperanças. Sua atitude foi muito bem evidenciada pelo diálogo dos dois discípulos no caminho de Emaús: Ora, nós esperávamos que fosse ele quem que havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam (Lc 24:21).
Do ponto de vista humano, este deveria ter sido o fim do ministério de Jesus. Algo, porém, aconteceu. Depois de 40 dias, os discípulos estavam em Jerusalém, diante do templo, pregando uma nova mensagem de esperança. Estavam prontos a desafias as autoridades e, se necessário fosse, dispostos a morrer. Jesus carregou os pecados do seu povo, sofreu a ira de Deus e entregou seu Espírito. Mas esse não foi o fim. Devemos nos juntar aos cristãos dos séculos passados em alegria e confiadamente proclamarmos: ELE RESSUSCITOU! ELE REALMENTE RESSUSCITOU!
É cedo de manhã no terceiro dia. As mulheres fazem timidamente seu caminho ao jardim onde o corpo de Cristo fora sepultado. Delas não é um caminhar de esperança, mas de lamento. O desejo delas é honrar o corpo de seu amado Jesus com um sepultamento digno. A conversa delas se limita a pequenas questões técnicas: “Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo? <…> pois era muito grande.” A ressurreição passa longe de suas mentes.
Contudo, o lamento se torna em medo; o medo, em esperança inextinguível; e esperança, em gozo indizível e cheio de glória. Elas encontram a pedra removida, um caminho aberto, uma tumba vazia e uma proclamação angelical de boas novas: Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia, quando disse: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia (Lc 24:5-7).
Há nesta passagem algumas lições que não podem passar despercebidas por nós. Vejamos:
a) JESUS NÃO É APENAS UM PERSONAGEM DE UM LIVRO, É UMA PRESENÇA VIVA;
b) ELE NÃO É UMA LEMBRANÇA, É UMA PRESENÇA;
c) A VERDADEIRA VIDA CRISTÃ NÃO É APENAS AQUELA QUE SABE A RESPEITO DE JESUS, MAS TAMBÉM AQUELA QUE CONHECE A JESUS E PERMANECE NA VERDADE QUE ELE REVELA.
Desta passagem também aprendemos algumas verdades importantes. Vejamos:
RESSURREIÇÃO DE JESUS FOI UMA OBRA DIVINA E NÃO HUMANA – v.1-4. As mulheres, embora cheias de toda piedade e devoção ao seu Senhor, não tinham nem como remover a pedra da entrada do túmulo - pois era muito grande, muito menos ressuscitar um morto de três dias;
A RESSURREIÇÃO É UMA REALIDADE PARA AQUELES QUE CREEM NO PODER DE DEUS – v.5-6. As mulheres foram atrás do corpo de Jesus no túmulo. Ele não estava mais lá – e isso lhes causou temor e assombro, ao invés de fé e alegria (1Co 15:1-20 );
A RESSURREIÇÃO DE JESUS DEVE SER O MOTIVO DE TODA ESPERANÇA, PERDÃO E PROMESSA– v.7. O anjo que informou as mulheres de que Jesus havia ressuscitado, disse o que elas deveriam anunciar. O que nos chama atenção não é somente O QUE ANUNCIAR, mas também A QUEM ANUNCIAR. Vejamos:
a) Aos discípulos (esperança) – os discípulos ficaram tristes com a morte de Jesus. Para eles a morte de Jesus foi o fim de tudo; não havia mais nada que pudessem fazer. Perderam a esperança que um dia tiveram enquanto estavam com o Mestre. O anjo lembra às mulheres que deveria comunicar a boa notícia aos discípulos, dizendo: ELE VAI ADIANTE DE VÓS PARA A GALILEIA; LÁ O VEREIS. Isto significa que eles não deveriam perder a fé e a esperança porque Cristo vivo está e continua com eles (Mt 28:22); b) E a Pedro (perdão) – Veja o quanto a mensagem do evangelho é completa em si mesmo. Jesus não se esqueceu de Pedro. O mesmo Pedro que negou a Jesus três vezes na ocasião de seu julgamento, agora é lembrado por Ele. O mesmo Pedro que disse que não o conhecia, agora é convocado à apascentar as ovelhas de Cristo. O mesmo Pedro que saiu em prantos do julgamento de Jesus por tê-lo negado, agora corre de alegria na expectativa de ser recebido pelo seu Senhor; c) Como ele vos disse (promessa) – A maior de todas as promessas que nos dada por Cristo é que jamais nos deixariam sozinhos. Ele prometeu que morreria, mas ressuscitaria ao terceiro dia, e de fato ressuscitou. Ele prometeu que não nos deixaria órfãos e que rogaria ao Pai para enviar Outro Consolador, como de fato enviou. Ele prometeu que iria preparar um lugar, na casa de seu Pai, onde há muitas moradas – como de fato foi; mas também disse que voltaria e nos receberia para ele mesmo, para que, onde ele estivesse, estivéssemos nós também – João 14:1-3.
Não podemos temer a mensagem do evangelho, nem tão pouco deixar de anunciar, como as mulheres o fizeram por medo e assombro. Essa é a verdade do evangelho de Deus: Jesus Cristo é o Filho de Deus que foi morto em nosso lugar, e que ressuscitou ao terceiro dia para que pudéssemos ter vida, e vida em abundancia – para ser Ele as primícias dos que dormem. Esta vida que recebemos foi mediante o sacrifício do Filho de Deus; foi mediante a entrega do Filho de Deus em sacrifício; Foi mediante sua graça, misericórdia e amor.
Esta verdade, além de ser lembrada, precisa ser crida e anunciada. Ele deve conduzir nossas vidas neste mundo, pois é a única capaz de manter viva em nós, a esperança da volta de nosso Senhor; pois, se Ele ressuscitou como havia prometido, então suas palavras são de fato verdadeiras e suas promessas se cumprem no devido tempo.
Se Ele venceu a morte, nosso maior inimigo, para que - por meio de sua morte e ressurreição, podessemos ter vida em abundância, então devemos confiar plenamente em suas promessas e em seu poder sobre a vida e a morte; mesmo diante de todo sofrimento, dor, angústias e tribulações neste vida, pois somos sabedores de que: "... nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Romanos 8:38-39 ).
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