Salmos 16.1-11.
Introdução:
A grande busca incessante da humanidade esta em satisfazer-se na vida de forma suficiente. O ser humano concentra toda a sua energia em busca desse prazer, para o seu prazer. A grande questão que vem a tona é:
Onde está projetado nosso prazer?
Prazer em quê, ou quem, e pra quê?
Qual o motivo de nossa constante busca pelo prazer?
E quando o prazer vem, e agora? Qual a continuidade disso?
Tudo na vida deve, e tem um propósito. Esse propósito deve ser maior do que ser feliz. Pelo contrário, devemos fazer o outro feliz para assim, estarmos felizes pelo prazer em fazer alguém feliz.
“A única maneira de glorificar a total suficiência de Deus é ir a Ele porque em Sua presença há plenitude de alegria e à Sua direita delícias perpetuamente. Nós podemos chamar isso de prazer cristão vertical. Entre o homem e Deus, no eixo vertical da vida, a busca pelo prazer não é somente tolerável; é obrigatória. Sl 37:4 Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração”.
Mas o que acontece com o prazer cristão horizontal? E os relacionamentos com os outros? O que podemos fazer e entender sobre o “prazer cristão” com relação a Deus e aos homens? Em que consiste, na vida do cristão, essa plena satisfação?
I. A BUSCA PELO PRAZER EM DEUS E PARA DEUS.
Diferente do que entendemos por prazer supremo, o salmista faz uma distinção em sua declaração quando diz “... em quem está o meu prazer”. Nós buscamos prazeres pequenos, temporários, limitados a tempo e espaço. O salmista relata que seu prazer não está nos atos nem mesmo nas bênçãos matérias da parte de Deus em sua vida. Ela fala do prazer em Deus. Fala que, por ter Deus em sua vida, isso lhe dava prazer.
Podemos observar o salmista afirmando para “os fiéis que há na erra”, ele diz pra esse grupo de pessoas em quem está o seu prazer. Esse grupo de pessoas que ele chama de fiéis são pessoas de sua confiança, que compartilham da mesma fé, cumprem os mesmos mandamentos, amam a Lei do Senhor, servem ao Senhor e também tem prazer no Senhor como o Salmista afirma. Esses mesmos não fazem parte do grupo de pessoas que o salmista faz distinção nos Salmos 1º e diz que sua alegria não está na comunhão deles.
A busca pelo prazer em Deus se resume pelo fato de “ter” a sua ilustre presença em nossa vida que estava condenada pelo pecado e com isso, impossibilitada de ter paz e reconciliação com Deus. O Apostolo Paulo fala muito bem sobre isso quando entende que “só em Jesus” podemos ter paz com Deus.
O Salmista diz que todo o seu prazer estar em Deus, uma vez que o próprio Deus o trouxe para a sua presença.
Ele diz que a porção de sua herança é o SENHOR . Ele está dizendo que o grande anseio de sua vida, o prazer que ele traz está em sua herança não “só” pelos benefícios que ela trará, mas de quem eles virão. O fato aqui é que a herança só trará prazer em sua totalidade por que vem do próprio Deus em resposta a vida com Deus.
“Quando nos propomos a buscar a Deus, entregar nossas vidas a Deus, deixar que Ele conduza nossos passos e direcione-o em seu caminho e proposito, receberemos os benefícios dessa vida de entrega e devoção. Mas o prazer será total quando entendermos que a “herança”, ou seja, tudo o que vier dessa aliança com Deus, será uma consequência seguida de uma vida oposta aos sentimentos primários dos prazeres na herança. A herança será uma consequência da primazia que está em Deus”. (Luiz Henrique S. de Souza)
Nesse texto, Paulo está dizendo, em outras palavras, a seguinte frase.
O prazer em Deus e para Deus, acontece quer eu viva ou morra. Na vida e na morte, minha missão é a de magnificar a Cristo – glorificar a Cristo, mostrar que Ele é grande, “... seja engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte”.
“Cristo será engrandecido, porque para mim, Seja pela vida – o viver é Cristo, Seja pela morte – e o morrer é lucro”. Cristo será engradecido na minha morte, se para mim o morrer for lucro.
Você consegue perceber o que isto significa com relação a como Cristo é magnificado? Cristo é magnificado na morte de Paulo se a morte de Paulo for contada como lucro. Por quê? Porque o próprio Cristo é o lucro.
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