1 Clamo em alta voz ao SENHOR; suplico pela misericórdia do SENHOR. 2 Derramo diante dele minhas queixas e lhe apresento minhas angústias. 3 Quando estou abatido, somente tu sabes o caminho que devo seguir. Aonde quer que eu vá, prepararam armadilhas contra mim. 4 Procuro alguém que venha me ajudar, mas ninguém sequer lembra que eu existo. Não tenho onde me abrigar, ninguém se importa com o que acontece comigo. 5 Então clamo a ti, SENHOR, e digo: “Tu és meu refúgio, és tudo que desejo na vida. 6 Ouve meu clamor, pois estou muito fraco. Livra-me dos que me perseguem, pois são fortes demais para mim. 7 Tira-me da prisão, para que eu te dê graças. Os justos se juntarão ao meu redor, pois tu és bom para mim”.
Introdução
Em tempos de vitórias, precisamos orar ao Senhor, nosso Deus. Em tempos de alegrias, bênçãos e prosperidades, precisamos orar ao Senhor, nosso Deus. Em tempos de angústias, precisamos orar ao Senhor, nosso Deus. Em tempos de solidão, precisamos orar ao Senhor, nosso Deus.
Em todo o tempo precisamos orar ao Senhor, nosso Deus, porque só ele nos conhece plenamente; só Ele tem o poder necessário para nos ajudar; somente n’Ele há fonte de vida e vitórias; somente n’Ele podemos erguer nossas vozes na certeza de que nos ouve. Precisamos orar ao Senhor em todo o tempo!
Explicando o texto
Este é basicamente o ultimo salmo atribuído a Davi, onde fala dos seus anos que passou fugindo de Saul, seu filho. Fica claro, na leitura do texto, que Davi está num cárcere, provavelmente na caverna de Adulão, onde esteve por um tempo se escondendo de seus inimigos. Fica claro que ele está em perigo, sentindo-se deprimido e abandonado.
Este é um salmo de lamento, onde Davi nos dá um exemplo de como o povo de Deus deve sempre fazer em tempos de crise e angústias – deve buscar, em oração, ajuda do Senhor.
Divisão do texto
Davi levanta uma oração ao Senhor pedindo livramento de seus inimigos pessoais. Nessa oração ele expõe suas angústias (v.1-2), seus sentimentos (v.3-4) e sua real necessidade (v.5-7).
i. Suas angústias - v.1-2.
a) Ao Senhor ergo minha voz - necessidade de alívio por meio de um "desabafo" (oração); b) Com minha voz suplico ao SENHOR - necessidade do favor, consideração e misericórdia de Deus; c) Derramo perante ele a minha queixa - necessidade de exposição do que o preocupa; d) À sua presença exponho a minha tribulação - necessidade de exposição de suas dificuldades e aflições;
ii. Seus sentimentos - v.3-4.
a) Quando dentro de mim me esmorece o espírito - exposição de sua fraqueza; b) Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça - falta do reconhecimento e consideração dos que o cercam; c) Nenhum lugar de refúgio, ninguém que por mim se interesse - solidão e distanciamento relacional.
iii. Sua real necessidade - v.5-7.
a) v.5 - refúgio e extensão (referindo-se à terra): significa dizer que, para Davi, o único lugar onde poderia dizer que é o "seu lugar" por direito é na presença do Senhor; b) v.6 - forças (reconhecendo que não tem condições de vencer) e livramento (incapaz de livrar-se de seus inimigos); c) v.7 - salvação (resultado vindo exclusivamente da parte de Deus); e louvor a Deus (na presença e juntamente com os justos).
Aplicando o texto
Com esse clamor feito por Davi podemos extrair algumas lições importantes:
Precisamos estar certos de que é ao Senhor que devemos expor nossas angústias;
Precisamos estar certos de que o Senhor ouve nossas orações;
Precisamos estar certos de que o Senhor conhece nossas circunstâncias;
Precisamos estar certos de que o Senhor supre nossas reais necessidades.
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