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Foto do escritorRev. Luiz Henrique

POR AMOR DE CRISTO - Quando sou FRACO então, é que dou FORTE.

II Coríntios 12.5-10.

Fortalecido

Existe um ensino pedagógico da parte de Deus para a vida do cristão quando, este, passar por muitas lutas e tribulações que o levam a fraqueza espiritual e do corpo, levam ao desanimo, e principalmente, a falta de fé.

É fato que todos padecemos desse mal que o próprio Jesus disse que passaríamos . O grande questionamento que fazemos é se tudo isso tem sido visto com esse entendimento que é um ensino pedagógico de Deus.

No texto que lemos, Paulo faz uma transição das visões celestiais para o espinho da carne. Paulo passou por experiências extraordinárias em sua vida, desde a sua conversão até seu martírio.

Neste exato momento o apóstolo faz uma declaração que impactou a história do cristianismo e tem sido usada sem um entendimento correto do que o apostolo estava falando. Quando ele diz: “Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. <2 co 12.10d>

Ele acabara de ter uma experiência de ser levado ao terceiro céu, o paraíso. Não muito detalhe sobre essa ida ao terceiro céu, mas em seguida ele relata com detalhes a sua experiência vida aqui na terra.

No capítulo 12 de 2 Coríntios, ele começa falando do encanto de ser levado ao terceiro céu, e termina falando sobre seu contentamento nas tribulações sofridas aqui na terra.

Que contraste gritante entre as duas experiências do apóstolo. Passou do paraíso à dor, da glória ao sofrimento. Provou a bênção de Deus no céu e sentiu os golpes de Satanás na terra. Passou do êxtase à agonia.

Neste relato do apóstolo Paulo, podemos encontrar alguns pontos importantes para nosso crescimento espiritual.

I. NÃO HÁ VIDA INDOLOR

Olhando pra vida de Paulo aprendemos que o sofrimento na vida do cristão é inevitável. É impossível passar pela vida sem sofrer. Esse sofrimento é necessário para todo cristão. E todo cristão precisa estar ciente desse entendimento sobre a inexistência de uma vida indolor, pois existe uma mensagem contrária a esse pensamento sendo pregada por aí, onde muitos têm seguido e acreditado.

O apóstolo Paulo fala de um sofrimento tanto físico quanto espiritual. Vejamos alguns mencionados por ele:

  1. O espinho na carne .

Paulo fala que nele foi posto um espinho na carne com o objetivo de que ele não se orgulhasse ou se exaltasse em suas habilidades ou privilégios ministeriais, pois ele foi provido de visões, sabedoria, experiência espiritual e muitas outras coisas.

Há muitas hipóteses do que seria esse “espinho na carne” de Paulo.

  1. Uns falam que se trata das perturbações espirituais (suas limitações de uma natureza corrompida pelo pecado)

  2. Outros falam que se trata de suas perseguições e oposições (perseguições sofridas tanto nas mãos dos judeus como nas mãos dos gentios.

  3. Outros acreditam que esse espinho na carne se trata de uma enfermidade física (epilepsia, gagueira, enxaqueca ou até mesmo, e mais provável, uma deficiência visual)

  4. A oração não atendida

O apóstolo Paulo ora por três vezes a Deus para tirar o espinho de sua carne, porém a resposta de Deus não foi à suspensão do espinho e sim a força para suportá-lo.

Deus nem sempre nos livra do sofrimento, mas nos dá graça para enfrentar-lo vitoriosamente. Paulo em meio à aflição orou ao Senhor. Orou com insistência e especificamente e, mesmo assim, Deus lhe disse não.

“Nem sempre a oração não respondida quer dizer que a necessidade não foi satisfeita”. Warren W. Wiersbe

Às vezes, recebemos uma benção muito maior quando Deus não responde à nossa oração.

II. O SOFRIMENTO É NECESSÁRIO

O sofrimento na vida do cristão é necessário. Ele chega pra todos. Não há distinção, todos passam pela escola do sofrimento em toda a sua vida em crescimento.

Olhando pra vida do apóstolo Paulo, Por que o sofrimento é necessário para todo o cristão?

  1. Para evitar ensoberbecimento.

O espinho na carne impediu que o apóstolo Paulo se exaltasse ou explodisse de orgulho diante das gloriosas visões e revelações da parte do Senhor.

O sofrimento nos põe em nosso devido lugar. Ele quebra nossa altivez e esvazia toda nossa pretensão de glória pessoal. É o próprio Deus que nos matricula na escola do sofrimento.

  1. Para gerar dependência constante de Deus.

O sofrimento levou Paulo à oração. O sofrimento nos mantém de joelhos diante de Deus.

Se eu passar quarenta anos orando a Deus e não tiver nenhuma resposta, já terá valido a pena, pois passei quarenta anos em comunhão com Deus, na dependência dele”. J. I. Packer

  1. Para mostrar a suficiência da graça de Deus.

A graça de Deus é melhor que a vida. A graça de Deus é que nos capacita a enfrentar vitoriosamente o sofrimento. A graça de Deus é a provisão dele para tudo que precisamos, quando precisamos. A graça de Deus nunca está em falta.

III. CRISTO É A NOSSA FORTALEZA

O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. Quando somos fracos, aí é que somos fortes. Esse é o grande paradoxo do cristianismo. ‘A força ciente de que é forte, na verdade, é fraqueza. A fraqueza ciente de que é fraca, na verdade, é força’.

O poder de Deus revela-se nos fracos. Paulo orou a Deus pedindo que esse sofrimento fosse afastado dele, assim como Jesus fez a oração no getsêmani. Deus não removeu sua aflição, mas lhe deu capacitação para enfrentá-la vitoriosamente. Deus apenas disse: “A minha graça te basta...”.

O poder de Deus é suficiente para o cansaço físico.

  1. Paulo suportou toda sorte de privações físicas: fome, sede e nudez.

  2. Suportou todo tipo de perseguição: foi açoitado, apedrejado, fustigado com varas e preso.

  3. Enfrentou todo tipo de perigos: de rios, de mares, de desertos, no campo, na cidade, entre estrangeiros, entre patrícios, e até no meio de falsos irmãos.

  4. Enfrentou toda sorte de pressões emocionais. Preocupava-se dia e noite com as igrejas.

Mas o poder de Deus o sustentou em todas essas circunstâncias. A sua força estava em Cristo Jesus. Jesus havia passado por todas essas coisas e venceu todas elas, e nele somos mais que vencedores. CONCLUSÃO

Quando deixamos de colocar a nossa confiança em nós mesmo, a partir daí, a força do Senhor permanece em nós.

Jesus Cristo é o “nosso refúgio e fortaleza, o socorro bem presente nas tribulações.”

tudo posso naquele que me fortalece.”

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