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Foto do escritorRev. Luiz Henrique

A IGREJA COMO UM CORPO

 1 Coríntios 12.12-27.




 Introdução:

Um dos grandes problemas que tem levado há muitas igrejas ao declínio, é a falta de unidade. A ideia de que “sou mais importante que o outro” ou “quando eu faço é melhor”, tem destruído relacionamentos entre irmãos. A igreja de Cristo precisa viver em unidade. Precisa viver em prol de um único Deus. Em busca de um só objetivo, glorificar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a nós mesmo.




 A primeira carta de Paula aos Coríntios nos ensina sobre a importância de cada membro no corpo e o objetivo da existência do corpo. Neste texto, Paulo compara o corpo de Cristo ao corpo humano.

 Vejamos algumas características de cada membro desse corpo e o objetivo de sua existência.

I. A UNIDADE DO CORPO.

A marca primordial do corpo é a unidade. Na igreja não há distinção de pessoas, todos fazem parte do mesmo corpo. Nela não existem brancos e negros; gordos e magros; grandes e pequenos. Existe um só corpo vivendo em unidade.

Quando nos reunimos como igreja, todas as nossas diferenças perdem seu significado porque todos somos um. Temos um só pensar, um só sentir, e experimentamos o mesmo amor uns para com os outros.

O texto nos diz que todos nós fomos batizados em um corpo, “quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livre”. A todos nos foi dado o mesmo espirito.

Quando vivemos em unidade como um corpo, embora com muitos membros, cresceremos juntos. Um ajudando ao outro. Viveremos em um só Espírito. Um só proposito, uma só fé em um só Deus.

Quando a igreja não vive em unidade, a tendência dela é viver em declínio. Uma igreja sem unidade não alcança seus objetivos. Não vence batalhas, não avança positivamente.

II. A DIVERSIDADE DO CORPO.

É importante ressaltar que, unidade do corpo não uma uniformidade. O corpo possui diversidade de membros. Embora sejamos um só corpo em Cristo Jesus, mas somos formados por membros diferentes – cabeça, braços, pernas, olhos, boca, ouvidos – cada membro com sua particularidade. A igreja como um corpo precisa estar alerta contra dois grandes erros.


O complexo de inferioridade: Esses versículos mostram o primeiro erro. Quando algum membro do corpo sofre o complexo de inferioridade em relação aos demais. Na igreja de Deus todos são úteis, pois são colocados no corpo pelo próprio Senhor para desempenhar uma função exclusiva e única. Ao nos colocar-nos em determinado local, Deus tem um propósito e um ministério para nós.


O complexo de superioridade: Outro grande erro que pode destruir a comunhão entre irmãos é o complexo de superioridade. Na igreja de Deus não há espaço para os que se dizem “Sou mais importante que você, logo, não preciso de você”, ou “Se você não quiser vir, não venha, pois você não faz falta”. Faz falta sim! Faz tanta falta que o texto nos diz que “o membro que parece menos digno no corpo, a esse damos muito maior honra...”. ... “Os que não são decorosos revestimos de especial honra”.

III. A MUTUALIDADE DO CORPO.

Além da unidade e da diversidade, a mutualidade é uma terceira característica básica do corpo. Deus é maravilhoso em tudo o que faz. Já pensou o quão desagradável seria se, desprovido de mãos para lavar o rosto, você tivesse de enfiar o rosto numa pia ou numa bacia?

Todas essas características, unidade, diversidade e mutualidade do corpo são para que não haja divisão no corpo, pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. O versículo 26 nos diz o motivo dessa mutualidade do corpo.

De forma prática, isso significa que a igreja é o local das relações pessoais, em contraposição à frieza do mundo. Vivemos em uma sociedade de solidão. Em muitos lugares as pessoas não perguntam o seu nome, mas sua identidade ou seu CPF. O aluno na sala de aula, em alguns casos, é chamado por um número. A igreja não é a comunidade da solidão, mas da solidariedade.

V. A OBJETIVIDADE DO CORPO.

O versículo nos diz que somos o “corpo de Cristo” e cada um, individualmente “membro desse corpo”. Esse fato nos leva entender o objetivo desse corpo. Fomos criados para louvor e glória de Deus. Um corpo só existe porque alguém o criou, e conhecemos esse criador.

Deus ao criar o homem, o fez para louvor e glória de seu nome. Em Rm 11.36 o apóstolo Paulo nos diz que “d’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas”. Não teria sentido existir se não houvesse um objetivo maior.

Na visão do apóstolo João em Ap 5.11-13, Ele descreve com mais clareza o objetivo de nossa existência.

“Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos”. CONCLUSÃO

Como igreja, precisamos viver em unidade, mesmo que haja diversidade. Essa diversidade é importante para que vivamos em mutualidade, e todos possam participar e contribuir para o crescimento saudável da igreja. Tudo isso não terá sentido se o objetivo não for centrado em glorificar a Deus sobre todas as coisas. Isso é viver como corpo de Cristo Jesus, em Cristo Jesus.

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