Naqueles dias, quando outra vez se reuniu grande multidão, e não tendo o que comer, Jesus chamou os discípulos e lhes disse: — Tenho compaixão desta gente, porque já faz três dias que eles estão comigo e não têm o que comer. Se eu os mandar para casa em jejum, desfalecerão pelo caminho; e alguns deles vieram de longe. Mas os discípulos lhe responderam: — Como poderá alguém saciá-los de pão neste deserto? Então Jesus perguntou: — Quantos pães vocês têm? Eles responderam: — Sete. Então mandou o povo assentar-se no chão. E, pegando os sete pães, partiu-os, após ter dado graças, e os deu aos seus discípulos, para que estes os distribuíssem, repartindo entre o povo. Tinham também alguns peixinhos. E, abençoando-os, mandou que estes igualmente fossem distribuídos. Marcos 8:1-7 NAA https://bible.com/bible/1840/mrk.8.1-7.NAA Jesus mais uma vez demonstra sua preocupação e compaixão com as pessoas, não apenas com suas necessidades espirituais, mas também aquelas momentâneas, porém importantes. Ele está sempre atento para todas as necessidades do povo. Isso me ensina que o Evangelho é completo em si mesmo; alcança o coração do necessitado como também suas demandas físicas, emocionais e etc. Mas, o que de fato me chama atenção nesta passagem é quando Jesus, além de apresentar o problema para os discípulos (...tenho compaixão desta gente... não têm o que comer...), Ele didaticamente os conduz para se mobilizarem entre si para a solução do mesmo (...Quantos pães vocês têm?). A impressão que tenho é que Jesus está sempre pronto para perguntar e levar seus discípulos responderem de maneira didática. Ele está sempre ensinando! Essa é a segunda multiplicação dos pães, um ato milagroso de nosso Senhor; porém, mais uma vez Ele nos desperta para uma problemática que ainda hoje assola nossas igrejas e comunidades evangélicas: a falta de compaixão e disposição para contribuir e dispor nossos próprios recursos em favor de outros. A multidão estava com fome; ela seguia Jesus em todos os lugares possíveis; ela sempre está precisando de alguma coisa: cura, libertação, consolo; e neste momento, de demonstração de compaixão. Pra isso Jesus precisava ensinar aos seus discípulos que é possível ajudar e contribuir com o pouco que tem. É possível, de baixo da bênção do Senhor, que nossos recursos sirvam para abençoar outros além de nós mesmos. O apóstolo Paulo escreve sua carta aos Efésios e diz que aqueles cristãos deveriam trabalhar para ter o seu sustento de maneira honesta e assim, contribuir generosamente para ajudar os necessitados (Ef 4:28). Isto nos ensina que não devemos ser egoístas ao ponto de não nos importar com nossos irmãos na fé e muito menos negar nossos recursos em favor deles. Enquanto os discípulos queriam despedir a multidão para que, em outras palavras, se virassem como pudessem para suprir suas necessidades, Jesus conduz seus discípulos para dispor dos recursos que estão ali para saciar a multidão. O problema é que olhamos sempre para o "problema" e não nos movemos para resolve-los. Como alimentar uma multidão com apenas sete pães? Talvez essa quantidade fosse possível alimentar apenas os doze e Jesus; mas esse 'pouco' nas mãos de compaixão e debaixo da bênção do Senhor foi suficiente para a multidão; e sobraram sete cestos. É difícil pensar em realizar um feito desse com pouco recurso disponível; mas, ao invés de não fazermos nada é melhor começarmos com esse 'pouco' que é fruto de compaixão e disposição do que não fazer nada. Após a multiplicação, Jesus pede que os discípulos façam a organização e distribuição entre o povo, dando a eles a responsabilidade de 'apascentarem' (por assim dizer) as suas ovelhas. Cristo conta conosco; a igreja espera nossa disposição em contribuir; o mundo necessita conhecer o amor de Deus em Cristo Jesus através de nós. Se não há recursos, oremos a Deus para que envie a provisão; se os recursos são poucos, comecemos com eles, e Deus acrescentará e levantará outros corações caridosos e compassivos para ajudar. Que Deus, o Pai, nos use para louvor da sua glória! Em Cristo, Pr. Luiz de Souza
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