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Foto do escritorRev. Luiz Henrique

Os filhos de Deus e os filhos do Maligno!

>>>>> 1 João 3.7-12. <<<<<INTRODUÇÃO

Quando olhamos para este mundo percebemos claramente que existe e sempre existirão dois grupos de pessoas, as “boas e más”. “Boas e más” na ótica humana.

Temos aquelas que demonstram em suas atitudes e palavras, sentimentos de compaixão, amor e respeito pelo próximo. Ao mesmo tempo, existem aqueles que não se cansam de praticar aquilo que é repugnante e desonesto; aqueles que não se importam com ninguém e nem com ele mesmo. Essas pessoas são aquelas que às vezes nos pegamos fazendo a seguinte declaração: “Como pode um ser humano chegar a esse ponto?”.

Isso não é diferente quando olhamos para as Escrituras Sagradas. Deus também nos deixa claro em suas Escrituras que também há dois grupos de pessoas no mundo, aos olhos de Deus - os “filhos de Deus e os filhos do Maligno”.

Após a queda, o homem se apropriou de um caráter corrompido pelo pecado, e a Bíblia diz que as suas obras são más . Não podemos de forma alguma negar essa realidade. Muitos vivem para glória de Deus e trazem para si resultados positivos em resposta a essa atribuição do Seu caráter. Outros vivem para a sua “própria glória” e são destituídos da glória de Deus e atraem para si mesmo a punição de suas próprias concupiscências .

O apóstolo João traz nesta passagem um retrato claro da distinção desses dois grupos de pessoas. A um ele diz que “aquele que pratica a justiça é justo, assim como Ele é justo” . A outro ele diz que “aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio” .

Nesta passagem das Escrituras que lemos o apóstolo João nos traz a imagem daqueles que são chamados de “filhos de Deus” porque praticam a justiça, não vivem na pratica do pecado e que amam a seu próximo.

O apóstolo também não deixa de nos apresentar características daqueles que não são procedentes de Deus; aqueles que são chamados de “filhos do diabo” porque não praticam a justiça, vivem pecando e não amam a seu irmão.

João acaba de alertar os cristãos sobre os perigos de se amar o mundo <2.15-17>; ele fala sobre os anticristos presentes no meio deles <2.18-26> e finaliza o capítulo dois apresentando uma clara e objetiva distinção daqueles que estão em cristo, em contra partida dos que não estão. Ele apresenta a “unção do Espírito Santo” como elemento importante e exclusivo daqueles que estão em Cristo Jesus.

Olhemos para as Escrituras e busquemos extrair os princípios necessários para nosso crescimento, fortalecimento espiritual e vida com Deus. “Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo”.

O apóstolo João está dizendo que Jesus Cristo é o padrão verdadeiro de justiça que temos e que apenas aqueles que estão em Cristo têm esse procedimento. Fora desse padrão ou desse proceder, estão aqueles que não fazem parte da filiação de Deus, em Cristo Jesus.

João ainda diz que “Se sabeis que Ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele<1jo 2.29>. Não existe justiça é fora de Cristo. Aquele que pratica a justiça é justo porque Cristo e justo.

A palavra justiça está intrinsicamente relacionada ao “modo pelo qual o homem pode alcançar um estado aprovado por Deus”. Essa justiça também significa uma vida “integra, pura e justa” diante de Deus e dos homens. Só pratica essas características aqueles que estão em Cristo, o justo.

O apóstolo João apresenta Jesus Cristo como modelo de vida e caráter reto, expressando em conduta reta. Ele é o Filho de Deus, e se somos “filhos de Deus” devemos ser parecidos com Ele.

João disse a esses cristãos que o fato deles serem filhos de Deus é algo que nos leva a uma vida reta, santa e justa. Isso só é plenamente operado em nós pelo Espirito Santo, como o apóstolo já havia falado a eles que O tinham em suas vidas.

O apóstolo Paulo também nos diz que “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” . “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo”.

Um dos desafios do apóstolo João também se dá em provar a existência de Satanás como inimigo daqueles que estão em Cristo, os “filhos de Deus”; pois, anteriormente ele havia mencionado que o pecado existe e agora diz que “aqueles que pecam procedem do diabo”.

João, em seu evangelho, registra as palavras de Jesus quando estava falando em defesa de sua missão e autoridade e também fazendo uma distinção dos “filhos de Deus” para os “filhos do diabo” Ele diz “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhes os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” .

Deus é santo. Jesus Cristo, o Filho de Deus, é santo e Seu Espírito é Santo. Em Deus não há pecado. Cristo veio ao mundo sem pecado, se envolveu com pecadores, mas não pecou; pois, Ele veio para tirar o pecado do mundo .

O diabo vive pecando desde o inicio. Essa palavra “inicio” está se referindo a desde o momento em que ele se voltou para o mal. Desta forma, somente alguém “sem pecado” poderia destruir as obras do diabo, que são más e pecaminosas.

João Batista é enviado para pregar o arrependimento de pecados porque viria após ele Aquele que tiraria os pecados do mundo e esse é Jesus Cristo. Para isso se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo.

Uma lição importante é destacada pelo escritor Mathew Henry quando diz que “Não devemos servi e nem ceder àquilo que o Filho do homem veio destruir”.

Aqueles que praticam o pecado são chamados de “filhos do diabo”, pois ele vive pecando desde o princípio e é pai de todos aqueles que praticam o pecado.

Em contraste a esses, João fala o que faz diferença entre os filhos de Deus e do diabo. “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na pratica do pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando porque é nascido de Deus”.

A grande pergunta que vem a nossa mente é a seguinte: Não fomos todos criados por Deus? Como pode haver esta distinção que João faz quando menciona os “nascidos de Deus”?

É fato que fomos criados por Deus, conhecemos bem essa verdade das Escrituras. Mas, essa grande verdade deve estar acompanhada do fato de que “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” .

O pecado trouxe separação de Deus com o homem. Deus é santo e nele não há trevas alguma. O homem ao pecar, trouxe para si densas trevas, tornando-se incapaz de enxergar a luz e salvar a si mesmo.

Jesus ensina a um homem chamado Nicodemos, um dos principais sacerdotes e mestre da lei, que era necessário nascer de novo para ver o reino dos céus. Ele ainda diz que “quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” . Só quem é nascido de novo, em Cristo Jesus, é chamado de filho de Deus e, portanto, entrará no reino de Deus.

Outra verdade importante que podemos destacar nesta passagem é que, em nenhum momento o apóstolo João nos diz que aqueles que estão em Cristo Jesus são incapazes de pecar. João não diz isso; diferente dos gnósticos.

João apenas diz que “quem é nascido de Deus não vive na pratica do pecado”. A palavra central aqui é “pratica”. A ideia aqui está relacionada a uma vida regularmente dirigida pelo pecado, ou seja, que é nascido de Deus não tem a sua vida dirigida pelo pecado.

É fato que ainda estamos neste mundo sujeitos ao pecado, pois a “carne é fraca” . Mas, aqueles que estão em Cristo não vivem na pratica do pecado, mesmo que ele jaz a porta .

Aqueles que estão em Cristo são novas criaturas <2co 5.17>, e essa é a divina semente que permanece neles. Os que não estão em Cristo vivem na pratica do pecado porque são filhos do diabo. Somente aqueles que foram regenerados em Cristo Jesus são chamados de filhos de Deus e não vivem pecando.

Não há compatibilidade da luz com as trevas. Do bem com o mal, da vida com a morte, da salvação com a condenação. Aquele que está em Cristo, ou seja, na luz, não pode se envolver com as trevas.

Aquele que pratica o bem não pode concordar com o mal. Aquele que tem a vida não pode temer a morte. Os que estão salvos em Cristo Jesus sabem que sobre eles não há condenação.

Esse, por sua vez, não pode viver pecando porque é nascido de Deus. “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica a justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão. Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros; não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas”.

Agora João traz o sinal aparente para distinguir os que são filhos de Deus e filhos do diabo. Ele diz que todo aquele que não pratica a justiça, ou seja, não tem uma vida integra e reta, não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão.

João é considerado por muitos comentaristas de “o apóstolo do amor”. Essa epístola não poderia deixar de falar no amor. Essa também é uma característica importante daqueles que são chamados de filhos de Deus.

Amar o próximo está implicitamente ligado à prática cristã. Cristo é a revelação do amor de Deus aos homens, e precisamos ser a expressão desse amor.

Conhecemos bem o texto do evangelho de João 3.16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Aqui está a revelação e expressão do amor de Deus aos homens. Mas, Jesus nos ensina a amar a Deus sobre todas as coisas como também ao próximo.

O apóstolo João nos traz como referencia para uma vida em Cristo, esse tipo de amor, ele diz “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” <1jo 3.16>. Talvez aqui esteja a grande distinção que podemos encontrar entre os filhos de Deus e os filhos do Maligno.

João dá exemplo de Caim, que assassinou seu irmão, porque as suas obras eram más; e por que eram más? Porque era do Maligno.

As obras de Caim eram más porque tinha sua vida em concordância com o Maligno; em contraste com Abel, que tinha suas obras consideradas justas porque procedia de forma integra e reta diante de Deus.

As obras de Caim procediam do Maligno e isso fez com que agisse com ódio contra o seu irmão, ao ponto de assassiná-lo. Por isso “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino...” <1jo 3.15>.CONCLUSÃO

O grande perigo que norteia nossos dias está relacionado à vida cristã autêntica ou não. Uma vida cristã autentica tem seus valores provindos de Cristo; em contraste a essa vida está aquela que está disfarçada de cristã, mas ainda tem seus procedimentos provindos do Maligno.

O reverendo Augustus Nicodemus ao comentar essa passagem das Escrituras nos diz que “Durante os cultos em uma igreja local todos parecem cristãos, assentados, ouvindo a Palavra, cantando e participando do culto. É pela conduta após o culto que se revelam quais são os verdadeiros cristãos” primeira carta de joão. 2005: p.95>primeira carta de joão. 2005: p.95>.

Jesus diz que é “pelos frutos que se conhece a árvore” . A maneira de se conhecer o verdadeiro cristão é pela sua conduta moral, ética e espiritual. Assim saberemos distinguir os “filhos de Deus” dos “filhos do Maligno”.

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